Bibliofilia: Amor por livros e por ler. O Bibliófilo ama ler e sente devoção pelos livros, colecciona-os e admira-os.

25/07/2012

Estante à Quarta (27)

19/07/2012

Room



Título: Room
Autor: Emma Donaghue
Nº de páginas: Kindle edition



Sinopse: To 5-year-old Jack, Room is the entire world. It is where he was born and grew up; it's where he lives with his Ma as they learn and read and eat and sleep and play. At night, his Ma shuts him safely in the wardrobe, where he is meant to be asleep when Old Nick visits.

Room is home to Jack, but to Ma, it is the prison where Old Nick has held her captive for 7 years. Through determination, ingenuity, and fierce motherly love, Ma has created a life for Jack. But she knows it's not enough---not for her or for him.

Told entirely in the language of the energetic, pragmatic 5-year-old Jack, ROOM is a celebration of resilience and the limitless bond between parent and child, a brilliantly executed novel about what it means to journey from one world to another. 

Opinião: Este livro chamou-me à atenção quando estava a ser traduzido pela Cristina Correia, a tradutora para português. A sua opinião pessoal, positiva mas pouco definida (“Bom, mas diferente, e forte” terão sido sido mais ou menos as suas palavras), a qual tenho sempre em consideração, fez-me colocar o livro na wishlist sem grandes hesitações. Mesmo sem saber quase nada sobre a história.


E de facto ela tinha razão. Este livro é bom, mas diferente de tudo o que já li, e bastante forte. É bom porque me manteve agarrada, mesmo quando ainda não percebia bem do que se tratava (a linguagem, as descrições, o contexto da situação). Diferente, porque lemos esta história através do ponto de vista de Jack, um menino de 5 anos, que vive no Quarto, e como tal, a escrita exprime a linguagem e raciocínio duma criança, em particular desta criança especial. E forte, porque à medida que lemos o dia-a-dia e os desafios que surgem no Quarto de Jack, percebemos o que significa, e o que na realidade representa a existência do Quarto e de Jack.

Emma Donahue escreveu de forma brilhante a simples e maleável mente de uma criança. Um conceito que pode parecer fácil de concretizar, mas a verdade é que é tão difícil despir a maneira como vemos o mundo da complexidade da realidade de um adulto que a sua escrita neste livro é verdadeiramente impressionante.

E principalmente (e não querendo revelar demasiado do enredo), considero que a maneira como Jack fala, pensa e lida com uma situação que se revela bastante perturbadora e angustiante, e o desenrolar da história até ao final, torna este livro diferente. É sem dúvida daqueles capazes de dividir opiniões, agradando a uns e sendo detestado por outros leitores. Só posso dizer que para mim foi a mistura improvável (e bem conseguida) da inocência de um menino de 5 anos e noções horríveis do comportamento humano que me fizeram destacar este livro.

O melhor: As descrições do Quarto e o ponto de vista de Jack
O pior: Saber que a vertente “adulta” da história, é bem real e perturbadora, ainda que bem exposta.

4/5 – Gostei bastante

17/07/2012

Oferecer E-books


Achei a esta iniciativa muito gira e actual, espero que venham a aumentar o catálogo de ofertas. Porque é sempre  bom oferecer um livro, e por ser em formato digital não significa que uma pessoa não deliciar-se ao ver a reacção de alguém a desembrulhar e surpreender-se ao ver a capa de um livro. 
Notícia daqui




"Está desde ontem disponível uma nova forma de comprar e oferecer ebooks. A empresa norte-americana Livrada , em associação com a cadeia de lojas Target, criou cartões que reproduzem a capa dos livros (incluindo uma descrição do mesmo) e que, depois de adquiridos, podem ser utilizados para fazer o download do respetivo ebook para um dispositivo de leitura.
Por enquanto, o serviço apenas está disponível para Kindle e Nook e com seis títulos best-sellers do New York Times, mas a empresa prevê alargar o serviço à generalidade dos e-readers e diversificar a oferta de títulos.
Este poderá ser um modelo de negócio interessante para as livrarias físicas continuarem a desempenhar o seu papel no mundo digital."

Estante à Quarta (26)


11/07/2012

Estante à Quarta (25)

04/07/2012

Estante à Quarta (24)

27/06/2012

Estante à Quarta (23)

Livraria Lello, Porto! 

(imagem daqui)

25/06/2012

Luz de leitura original - DIY

Gosto muito de ler na cama à noite, é um dos meus locais favoritos para ler. Quando não posso ficar a ler noite adentro, gosto de ler pelo menos uma hora antes de apagar a luz para dormir. A luz de leitura, precisamente. Achei esta em particular muito original e engraçada. Perfeita para bibliófilos.





E o melhor de tudo é que é um projecto DIY (faça você mesmo), com todas as instruções detalhadas aqui, por isso está à distância de apenas duas tardes (dizem eles) da nossa vida. O único senão: o sacrifício de um livro. 

22/06/2012

The Lions of Al-Rassan



Título: The Lions of Al-Rassan
Autor: Guy Gavriel Kay
Nº de páginas: Kindle edition
Releitura



Sinopse: The ruling Asharites of Al-Rassan have come from the desert sands, but over centuries, seduced by the sensuous pleasures of their new land, their stern piety has eroded. The Asharite empire has splintered into decadent city-states led by warring petty kings. King Almalik of Cartada is on the ascendancy, aided always by his friend and advisor, the notorious Ammar ibn Khairan — poet, diplomat, soldier — until a summer afternoon of savage brutality changes their relationship forever.

Meanwhile, in the north, the conquered Jaddites' most celebrated — and feared — military leader, Rodrigo Belmonte, driven into exile, leads his mercenary company south.

In the dangerous lands of Al-Rassan, these two men from different worlds meet and serve — for a time — the same master. Sharing their interwoven fate — and increasingly torn by her feelings — is Jehane, the accomplished court physician, whose own skills play an increasing role as Al-Rassan is swept to the brink of holy war, and beyond.

Hauntingly evocative of medieval Spain, The Lions of Al-Rassan is both a brilliant adventure and a deeply compelling story of love, divided loyalties, and what happens to men and women when hardening beliefs begin to remake — or destroy — a world.



Opinião: Foi a segunda vez que li este livro, desta vez no original em inglês. A primeira já foi há algum tempo e fez deste livro um dos meus favoritos de sempre. Por causa dele, em conversa com uma amiga a quem o recomendei e que acabou por o adorar tanto como eu, criámos o termo perfeito para aplicar a livros que nos enchem as medidas: “Este livro é um aquecedor de almas”. Aquele tipo de livros que não precisa de ser uma grande obra reconhecida pelos críticos para que nos toque e nos aqueça a alma enquanto o lemos, e quando mais tarde o recordamos.


Foi mais ou menos assim que surgiu esta releitura. Em conversa com a Tchetcha, que o está a ler, fiquei com tantas saudades das personagens, do universo e dos sentimentos que este livro despertou na primeira leitura que fiquei com uma vontade irresistível de voltar a Al-Rassan.


Precisamente por ter gostado tanto do livro da primeira vez, temi que a “magia” do universo se perdesse numa releitura. Felizmente isso não aconteceu. Fiquei agarrada ao livro desde o primeiro momento, pelo ambiente árabe e medieval do livro, pela descrição das culturas e do conflito religioso, pelas personagens brilhantes e a narrativa tão própria. Tal como da primeira leitura, chorei com o final e acabei a sorrir no epílogo.

O melhor: Ammar ibn Khairan. A maneira como o universo ficcional foi construído em redor da história e geografia da Península Ibérica.

O pior: Não me ocorre nada.


5/5 – Excelente

20/06/2012

Estante à Quarta (22)